segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Aprovação na Associação Nacional de Pós-graduação em Administração

Esse ano vivi muitas boas emoções, como por exemplo, a de ter um trabalho aprovado na ANPAD – Um evento de elite da docência - Administração, que era um grande sonho para mim. É estranho quando se tem a sensação de realizar um sonho desses. Imaginamos mil coisas e de repente é tudo diferente.
De início Rebeca, minha companheira de pesquisa e da monitoria de administração, me disse eufórica, por volta das 8: 32 da manhã de quarta feira do dia 30 de setembro de 2009, dia em que a ANPAD divulgou a lista dos trabalhos aprovados e não aprovados (detesto utilizar o termo reprovado!), que tínhamos tido o trabalho: Hotel Villa do Sossego: Um Caso de uma Empresa Familiar APROVADÍSSIMO!!
Tínhamos nos encontrado por acaso quando estávamos subindo em direção a universidade, receber esta notícia foi um choque de prazer. Confesso que cogitei a possibilidade de ela estar pirando, ou simplesmente me fazendo uma brincadeira, quando veio a danada da epifania (consciência) e revelou que minha colega estava animada demais para ser brincadeira, e forçava a voz já rouca em gritos de entusiasmo e alegria, muita alegria! Acreditei na veracidade da informação e postei-me a correr e gritar enquanto subíamos a ladeira de barro ao lado do ginásio Irmãozão, e fomos direto em direção a sala de aula onde a professora (de grande mérito na conquista)que havia nos orientado no trabalho, Rosiele Fernandes, se encontrava em atividade, e então lhe dissemos a boa nova.
Trepida, desorientada e com os olhos pesados de lágrimas, dividi o tempo com a caminhada à sala onde assistiria aula de Teoria e prática em Hotelaria com a professora Paula Dutra, e os pensamentos embaralhados.
Acredito que Deus tem um plano para nós, que Ele queria que este trabalho fosse aprovado, pois em particular conhecemos as dificuldades na construção de um caso para ensino, principalmente este que foi inovador para todos os participantes de sua elaboração, pela inexperiência minha e de Rebeca que errávamos o tempo todo, mas nunca desistíamos, pelo caminho percorrido até então. Um turbilhão de informações. Chorei! Chorei como um bebê, não para chamar atenção, foi emoção, alegria, sensação de realização e gratidão à Deus, e de que foi dado um passo para a realização de um sonho ainda maior – A docência ainda feto em meu ventre.
OBRIGADA DEUS!!!

Ossos do ofício – Manhãs na Rio Tinto

E ela sobe aqueles três degraus, se deixando revelar para o observador que disfarçadamente a admira, mesmo que se tivesse com os olhos fechados, o aroma sutil e agradável do Florata ulula sua passagem por aquele corredor estreito. Ela procura com um olhar atento um acento, ao encontrar – Que alívio! Senta-se.

O ônibus da Viação Rio Tinto, geralmente sortido pelas pessoas em busca do cumprimento dos afazeres, recebe a sua presença inconfundível, importante não só para os que anseiam a execução quase diária do ofício, mas para aquele cenário.
Tão suntuosa, tão ímpar. Será que suas roupas revelam sua personalidade?
Talvez seja a mera obrigação de cobrir o corpo no chamado fato social, mas a indicação de que tivera cuidado em compor o look seja um resquício da vaidade personal incumbida. Não se sabe o que pensa, talvez em algum problema corriqueiro como o vidro da janela do carro deixado baixado pela pressa no ato de correr apressada em busca do ônibus da Rio Tinto.

Tateia ao encontro da pequena válvula ao lado da poltrona, a inclina pausadamente para traz e fixa seu olhar na poltrona da frente até sentir o peso das pálpebras. Ela adormece.
Será que ela sonha? Aquele momento transmite tranqüilidade, sente-se inveja de tamanho sossego,tamanha capacidade de entrega, e a pequena viagem se passa.
Tudo se passa como um filme, ao fundo o som orquestral da Canção da Índia, de “Sadko”. Imaginário, mas real.
Na entrada em Mamanguape, o ônibus serpenteia por entre algumas ruas. Ela desperta,como se um relógio soasse, desinclina a poltrona, escova seus cabelos e espirra duas cheringadas de Amidalin, é necessário cuidar da voz. Às vezes retoca nos lábios um gloss cor de pêssego da natura, ela o fez. Receio que tema parecer cansada, ou com sono, ou sei lá. Então, ao descer do ônibus, pode-se notar que, vestira um manto invisível de poder, inteligência inesgotável; e o amor que a movia talvez brotasse do sonho de infância de ensinar; de transmitir conhecimento e interagir com os outros para discutirem um tema tão importante e necessário... A arte de administrar!

Nunca desistam dos sonhos, mesmo que pareçam distantes e fadigosos como esta marola diária à fim do cumprimento da labuta citada acima.

Lutar não é apenas um verbo. É, ou deveria ser, AÇÃO!!!